E.R.P. - AFINAL, QUE BICHO É ESTE?

Òtimo! Quem nunca ouviu falar nisso, por certo nunca trabalhou numa organização onde tudo é integrado.
- "Como assim trabalhar integrado?" - Alguns irão me perguntar... Responderei de maneira simples!
Digamos que você seja um vendedor numa loja "X". Sua função, neste momento é recepcionar o cliente, identificar suas necessidades com os produtos e/ou serviços que sua empresa fornece e ofertar-lhe o mais adequado. Encerrada a negociação, fechado o pedido, começa o trabalho do "E.R.P". É ele quem vai emitir o pedido, que vai fazer a verificação no estoque se o produto tem quantidade a ser vendida, vai emitir um aviso ao financeiro para análise de crédito daquele cliente, caso seja uma compra a prazo, vai emitir um boleto, que verificado no estoque a existência da quantidade necessária,  vai para o setor de expedição emitir a nota fiscal e a liberação do produto, que vai comunicar a contabilidade da existência do débito na conta da empresa e do crédito na conta do cliente (ou uma conta geral caso não seja uma conta unica para cada cliente), que vai informar ao setor fiscal sobre a apuração de impostos a ser retida ou apurada sobre aquela venda...


Ufa!!! Deu? É só isso que o ERP faz? Não! FELIZMENTE NÃO!
No Brasil com o advento das "escriturações eletrônicas", tem sido os ERP's os principais aliados das empresas, do empresariado de um modo geral e dos governos, tanto nas esferas municipais, estaduais e federal, porém este assunto (escrituração eletrônica) será abordado em tópico espefico.


Vamos a um pouco de história (com H mesmo, já que não estamos tratando de uma situação ficticia...)...



No final da década de 50, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e gestão corporativa tiveram seu início, a tecnologia vigente era baseada nos gigantescos mainframes que rodavam os primeiros sistemas de controle de estoques – atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia. A automatização era cara, lenta – mas já demandava menos tempo que os processos manuais – e para poucos.

No início da década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram os MRPs (Material Requirement Planning ou planejamento das requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERP. Eles surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados de pacotes, que conversavam entre si e que possibilitavam o planejamento do uso dos insumos e a administração das mais diversas etapas dos processos produtivos.

Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores ligadas a servidores – mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerenciamento de produção e logística.MRP se transformou em MRP II (que significava Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que agora também controlava outras atividades como mão-de-obra e maquinário.

Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles e gerenciamento. Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação.

O próximo passo, já na década de 80, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabelecer comunicação entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas seriam as de finanças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou seja, setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação.

A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 90, entre outras razões pela evolução das redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura cliente/servidor – microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos – e não mais mainframes. E também por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle e gestão dos setores corporativos, que ganhou aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente.

As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década seria caracterizada pelo boom nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes internacionais, surgiram diversos fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a venda do ERP como um substituto dos sistemas que poderiam falhar com o bug do ano 2000 – o problema na data de dois dígitos nos sistemas dos computadores.

PRESENTE:
Quando falamos de ERP hoje em dia, vejo através de minha experiência profissional que os mesmos são tidos como "Santos Milagreiros" (onde o simplesmente instalaremos num servidor, este será disponibilizado um atalho nas estações de trabalho dos colaboradores da organização e tudo se resolverá...)...
Calma!  A coisa não é bem assim!!!
Não encaremos um sistema como algo sobrenatural que irá nos levar da 3ª para a 4ª dimensão...
Para que o sistema atue de maneira correta e gere as informações e procedimentos da forma esperada, tem os de determinar as necessidades e processos da organização em que pretendemos implanta-lo.
Saber seus fluxos de trabalho, seu foco de mercado, área de atuação... Este é um ponto crucial no momento de qualquer implantação...
- "Mas por quê?" - Posso ser questionado...
Minha resposta também é simples: Pelo fato de se implantarmos um ERP sem que a instituição tenha seus processos mapeados, após a instalação e disponibilização do mesmo, este passará a gerar as informações que forem inseridas. Se estas forem postadas de maneira equivocada, o ERP gerará dados equivocados tanto sobre a saúde financeira, quanto contábil, fiscal e até de mercado da empresa, deixando o administrador sem saber que rumo tomar ou qual sua real posição.


Poderão alguns me perguntar também: "Existe o melhor ERP?" - "Qual é o mais completo hoje em dia?"
Minha resposta, assim como nas demais, será também de maneira óbvia e simples: Não existe o melhor ERP. Não temos como dizer se o software A, B ou C é o melhor.
O que existe na verdade, são um conjunto de fatores que devem ser pesados no momento de sua aquisição e contratação, tais como:
- Qual ERP atende as demandas de sua empresa?
- Ele é especifico a sua área de atuação?
- Quais necessidades de infra-estrutura este software necessita? (Seja na parte de servidores, rede interna, treinamentos dos usuários para operação e etc...)
- Que tipo de suporte a empresa que fornece o software disponibiliza aos seus clientes? (consultoria in loco, chat, email, telefone, prazos de resolução de chamados e etc...)
- Sua operação (do ERP) é complexa? Que tipo de conhecimentos devem possuir os seus usuários?


Se avaliarmos tudo isto, com uma boa consultoria especializada, poderemos chegar ao ERP que atenda adequadamente a sua empresa.


A demais, irei postando mais algumas informações referente a este tipo de assunto no próprio blog.


Abraços.